sábado, 10 de março de 2012

Sobrevivo por conta das lembranças



Me vejo com esta mania tola de guardar de alguma forma coisas que deveriam ser completamente esquecidas. Eu deveria parar de me reconfortar em meras lembranças, é como apegar-se a algo totalmente sem sentido como um alfinete. Insisto em lembrar-me de tudo que deveria ter ficado no passado porque quando a solidão devastadora toma conta de mim, as lembranças dos tempos felizes da minha vida são a única coisa que podem me reconfortar em tempos difíceis. Sobrevivo por conta das lembranças, continuo acreditando que um dia elas vão acontecer novamente, todos aqueles sorrisos um dia dados serão meus, mais uma vez. Quando a solidão bate em minha porta, essa é a única saída, o único meio de fugir da dor e do vazio que há em meu peito. As lembranças, as expectativas de um futuro tão lindo quanto o passado, o desejo de ter a felicidade comigo. Guardei em uma caixinha as promessas que me fizeste, junto com os meus desejos e os nossos sonhos, a levo para todos os lugares, talvez um dia eu possa te encontrar e juntos tornaremos as lembranças do passado o nosso novo presente

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